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Depois de uma pandemia que nos trouxe muita incerteza, vivemos agora uma guerra que nos entra diariamente em casa através dos meios de comunicação social. Por esse motivo, a Ordem dos Psicólogos considera que é mais importante do que nunca conseguir gerir sentimentos e saber lidar com acontecimentos perturbadores.
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Ouça a reportagem de Maria Augusta Casaca
De acordo com Tiago Pereira, membro da direção da Ordem dos Psicólogos, é natural que nos sintamos ansiosos e preocupados. No entanto, há pessoas que lidam de modo mais ansioso e estão mais fragilizadas perante a situação. Nomeadamente, quem já vivenciou situações de conflito (e em Portugal há muitas pessoas das ex-colónias que viveram momentos traumatizantes na guerra), os que têm familiares ou amigos que estão na zona de conflito, ou ainda os que conhecem famílias ou crianças russas ou ucranianas que estão nas escolas com os seus filhos.
Perante a situação de guerra, sentem-se também mais fragilizados os que vivem em situação precária ou de pobreza e temem que o conflito possa agravar ainda mais a sua situação económica.

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Para aliviar a angústia e conseguir gerir a ansiedade, a Ordem dos Psicólogos sugere que as pessoas mantenham rotinas, falem com amigos ou familiares, encontrem atividades de lazer e sejam seletivos nas notícias que ouvem ou veem, nunca optando por consumir notícias em contínuo sobre a situação de conflito.
Os psicólogos consideram que para aliviar o stress e alimentar a esperança, devem igualmente envolver-se em ações humanitárias para ajudar quem está a viver a situação de guerra. Uma atitude que poderá trazer algum bem-estar e conforto emocional e até esperança de que o conflito poderá resolver-se um dia.

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