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O mundo acordou e no leste da Europa iniciava-se uma guerra. A Rússia anunciou uma ação militar na Ucrânia e, poucas horas depois, foram registadas fortes explosões em pelo menos cinco cidades ucranianas, incluindo na capital, Kiev. Num discurso televisivo, Putin disse que decidiu lançar a operação militar em resposta a ameaças de "genocídio" no leste da Ucrânia vindas das autoridades de Kiev, defendendo que a responsabilidade por um eventual derramamento de sangue é do "regime" ucraniano.

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As reações a esta ação militar estão a surgir um pouco por todo o mundo. Ouça aqui o filme que resume a forma como tudo começou e as primeiras declarações dos líderes mundiais que condenaram o ataque russo.

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Guardas de fronteira ucranianos afirmaram que as forças russas entraram na região a norte de Kiev a partir de Bielorrússia para executar um ataque com mísseis contra alvos militares. O ataque terrestre terá partido do posto de controlo de Vilcha, a cerca de 150 quilómetros do norte de Kiev.

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Em Portugal, António Costa prometeu "solidariedade" para com a comunidade ucraniana residente em Portugal, assumindo que os familiares e amigos "são bem-vindos" ao país. O primeiro-ministro garantiu que "há um plano de evacuação" pronto a ser ativado para que os portugueses sejam retirados da Ucrânia.

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Depois de condenar veementemente a ação militar da Rússia em território ucraniano, António Costa anunciou também que o Governo terá, esta quinta-feira, reuniões do Conselho Europeu para decidir as sanções a aplicar ao país de Putin e discutir a possibilidade de colocar os militares portugueses sob o plano da NATO que, assegura o primeiro-ministro, não vai intervir na Ucrânia.

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No mesmo plano, Marcelo Rebelo de Sousa, depois de uma "primeira palavra" de "condenação veemente e clara" da violação do direito internacional por parte da Rússia, justificou à TSF a reunião do Governo com o Conselho Superior de Defesa Nacional, que servirá para ponderar uma "resposta das Forças Armadas" nacionais ao conflito na Ucrânia.

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Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, condenou, em declarações à TSF, a "agressão da Rússia à Ucrânia", classificando a situação como muito grave. Para o ministro, esta parece ser uma operação de grande amplitude, que Santos Silva acompanha ao minuto, também em contacto com a embaixada portuguesa em Kiev.

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Em entrevista ao jornalista Fernando Alves na Manhã TSF, o coronel Carlos Matos Gomes disse que há uma ideia clara sobre esta operação. "Não se trata de uma invasão", afirmou, explicando que "o que a Rússia pretende é que a Ucrânia seja desmilitarizada e não seja uma base de ataque à Rússia". Para Matos Gomes, "a Rússia vai fazer uma ocupação delimitada, depois parar, e exigir negociações".

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Edgar Cardoso, diretor da formação do Shakhtar Donetsk, está com os jogadores e staff da equipa num hotel, à espera de novidades por parte do clube e das embaixadas. Para já foram aconselhados a deslocarem-se até à fronteira com a Polónia ou Roménia, mas o português garante à TSF que é "impossível sair de Kiev".

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Pavlo Sadokha criticou a ação de Vladimir Putin para com a Ucrânia, dizendo que o presidente russo "quer eliminar e matar os ucranianos". Em entrevista à TSF, o presidente da comunidade ucraniana em Portugal apelou ao Governo português para que se "fechem todos os canais de propaganda, fechem todos os negócios" e que se bloqueiem as relações do país com a Rússia, porque, assim, "pode ser que pare a continuação da matança dos ucranianos".

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Além de Portugal, as reações ao ataque multiplicam-se um pouco por todo o mundo. O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou a realização de uma cimeira de líderes da organização, por videoconferência, na sexta-feira, para os Aliados discutirem os próximos passos a dar face ao "ato brutal de guerra" lançado pela Rússia.

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Pela Alemanha, o chanceler afirmou que a invasão da Rússia contra a Ucrânia coloca "em perigo a vida de muitos inocentes" e representa um "risco para a paz" na Europa. Scholz acusou o presidente russo de levar "sofrimento e destruição aos vizinhos", e acrescentou que Putin está "a violar a soberania e as fronteiras da Ucrânia, colocando em perigo a vida de muitos inocentes".

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No Reino Unido, Boris Johnson garantiu ao Presidente ucraniano que os aliados ocidentais não ficarão parados enquanto a Rússia ataca a Ucrânia. Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson disse a Volodymyr Zelensky que está chocado com os últimos desenvolvimentos na Ucrânia.

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Em França, Emmanuel Macron "condenou energicamente a decisão da Rússia de fazer guerra contra a Ucrânia". Foi com esta frase que o Presidente francês arrancou o pedido para que Moscovo "acabe imediatamente com as operações militares".

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Também em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou novas "sanções pesadas" contra a Rússia,, avisando o Presidente russo para "não subestimar" a União Europeia.

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