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O nome de Roman Abramovich é o primeiro da nova lista de indivíduos alvos das sanções da União Europeia. Bruxelas considera que aquele que é "um dos principais acionistas do grupo siderúrgico Evraz, que é um dos maiores contribuintes da Rússia", construiu a sua riqueza, tirando partido da proximidade com o poder de Moscovo.
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Uma das razões para a inclusão do "oligarca russo", na lista das sanções, deve-se aos "laços longos e estreitos com Vladimir Putin", apurou a TSF. Os 27 consideram que Abramovich "teve acesso privilegiado ao presidente e manteve relações muito boas com ele". Foi através desse "ligação" com Vladimir Putin que o antigo patrão do Chelsea conseguiu "manter uma considerável riqueza".
Ouça aqui a reportagem.
"Ele tem retirado proveito" da proximidade com os "decisores russos responsáveis pela anexação da Crimeia ou pela desestabilização da Ucrânia", lê-se no documento a que a TSF teve acesso.
Abramovich "é um dos principais empresários russos envolvidos em setores económicos que fornecem uma fonte substancial de receita ao governo da Federação Russa, que foi responsável pela anexação da Crimeia e pela desestabilização da Ucrânia".
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A decisão surge numa altura em que o antigo dono Chelsea está a ser investigado pela justiça em Portugal, depois de há cerca de um ano ter adquirido a nacionalidade portuguesa, em circunstâncias que levantaram suspeitas.
De acordo com fontes europeias, a inclusão do nome de "[Roman] Abramovich na lista foi aprovada "por todos". As razões prende-se com "gravidade da situação" na Ucrânia.
No total são 15 personalidades e nove entidades que "apoiam e favorecem o Governo da Federação Russa", e que "proporcionam uma fonte substancial de receita ao Governo da Federação Russa e pessoas físicas ou jurídicas associadas a pessoas ou entidades da lista".
A lista foi aprovada, na tarde desta segunda-feira, em Bruxelas, numa reunião ao nível dos embaixadores da União Europeia. Terá efeitos imediatos, a partir de amanhã, data da publicação no jornal oficial da União Europeia.
Esta é quarta ronda de sanções, que de acordo com fontes diplomáticas, inclui "15 indivíduos e 9 entidades" com ligações aos sectores do aço, metalúrgico e tecnológico. No total, há mais de 862 nomes de indivíduos e 53 de entidades ligadas ao regime de Vladimir Putin que são visadas por Bruxelas.
Entre as entidades alvos da sanções constam sete bancos russos e três da Bielorrúsia, os quais foram desligados do sistema internacional de pagamentos Swift. Foram congeladas contas e bens de todos os membros da Duma, o Parlamento de Moscovo e de oligarcas com ligações a Vladimir Putin.
Notícia atualiza às 22h00