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A Alemanha decidiu entregar mais 2.700 mísseis antiaéreos à Ucrânia, disse esta quinta-feira uma fonte governamental alemã.
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O Governo alemão "aprovou um apoio suplementar à Ucrânia", disse a fonte, citada pela agência de notícias France-Presse, numa referência aos mísseis do tipo STRELA.
Estes mísseis são de fabrico soviético e provenientes dos 'stocks' das forças armadas da antiga República Democrática da Alemanha (RDA, comunista) e integrados no armamento do exército alemão, na sequência da reunificação do país, em 1990.
Também os Estados Unidos entregaram centenas de mísseis antiaéreos Stinger à Ucrânia pela primeira vez nos últimos dias, incluindo 200 expedidos na segunda-feira, informou a cadeia de televisão norte-americana CNN.
No início deste ano, Washington autorizou a Lituânia, a Letónia e a Estónia a enviar armas de fabrico norte-americano, incluindo Stinger, para a Ucrânia, acrescentou a CNN.
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Mas até agora, a administração liderada pelo democrata Joe Biden tem-se abstido de enviar tais mísseis guiados terra-ar com sensores infravermelhos diretamente para a Ucrânia, invadida pela Rússia em 24 de fevereiro.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse na quarta-feira que, nesta altura, a Ucrânia ainda pode receber o "equipamento militar defensivo vital" de que necessita.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
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