America Countdown... 53 dias. Kamala ao ataque e a questão da idade

Germano Almeida, autor de quatro livros sobre presidências americanas, faz na TSF uma contagem decrescente para as eleições nos Estados Unidos. Uma crónica com os principais destaques da corrida à Casa Branca para acompanhar todos os dias.

1 - KAMALA A ASSUMIR A POSIÇÃO DE ATAQUE
Um dos motivos que terão levado Joe Biden a escolher Kamala Harris para sua número 2 é a forte capacidade que a senadora democrata pela Califórnia tem de ser clara e acutilante, mesmo nos temas mais delicados. Em entrevista à jornalista Dana Bash, da CNN, atirou: "Não confiava totalmente na palavra de Trump no que se refere a uma vacina". "Ele não se tem mostrado fonte confiável, sobretudo nestes temas relacionados com ciência e medicina". Ouch. E Kamala disse mais: "Teoricamente, interferência russa pode impedir uma vitória Biden nas urnas. Servi no Comité de Inteligência do Senado e sei, tenho provas, que os russos interferiram na eleição 2016".

2 - A IDADE COMO PRINCIPAL PROBLEMA
Joe Biden terá, quando tomar posse caso ganhe as eleições de novembro, 78 anos - justamente a idade do ministro mais velho de todos os países de União Europeia, o sociólogo espanhol Manuel Castells. E tem quase mais meio século que o ministro mais jovem de todos os governos europeus: Michal Wos, jurista polaco de 29 anos, ministro do Ambiente do governo de Varsóvia. E terá mais um quarto de século que a média de idades dos chefes de governo da União Europeia. Quanto é que isso vai verdadeiramente contar? Será que o peso da vontade de correr com Trump da Casa Branca (declarado por milhões de americanos) vai revelar-se maior que o receio em avalizar a eleição de alguém que caminha a passos largos para os 80 anos? Só a 3 de novembro teremos a resposta para esta dúvida fundamental. É claro que o facto do candidato republicano ter só menos quatro anos pode minimizar esse impacto negativo - mas é verdade que o tema idade pesa bem mais par Biden do que para Trump.

UMA INTERROGAÇÃO: Vão as teorias da conspiração alimentadas pela direita radical americana, próximas de Donald Trump, ter alguma influência no resultado final desta eleição?

UM ESTADO: Vermont

Resultado em 2016: Hillary 55,7%-Trump 29,8%

Resultado em 2012: Obama 66,6%-Romney 31,0%

Resultado em 2008: Obama 67,5%-McCain 30,4%

Resultado em 2004: Bush 58,9%-Kerry 38,9%

(nas últimas 12 eleições presidenciais, 5 vitórias republicanas, 7 vitórias democratas)

-- O estado do Vermont tem 625 mil habitantes: 92,6% brancos, 2,0% hispânicos, 1,4% negros, 1,9% asiáticos; 50,6% mulheres

3 VOTOS NO COLÉGIO ELEITORAL

UMA SONDAGEM: Vermont | Não há sondagens para este estado da Nova Inglaterra | o modelo preditivo da Economist dá mais de 99% de probabilidade de triunfo Biden no Vermont

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