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Pedro Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, explica que por questões de segurança não pode revelar muitos pormenores, mas a equipa que vai seguir para a Ucrânia está preparada para cobrir diferentes necessidades.
"Para monitorizar várias questões e prepararem-se para o pior e monitorizar o pior que possa acontecer. Temos especialistas em armamento que através de analise dos detritos e balas conseguem definir quem enviou o quê, que países produziram o armamento, etc. Também irão peritos em direito humanitário internacional para perceber se há violações dos direitos humanos e perceber quais as respostas que estão a ser dadas para proteção dos deslocados."

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O diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal acusa a comunidade internacional de colocar os interesses económicos em primeiro lugar e de reagir tarde. "Temo que esta ocupação do território e a narrativa construída para justificar uma entrada no território da Ucraniana e ingerência na soberania do país tem mais interesses económicos e comercias do que ideológicos, tudo isto era previsível, mas a comunidade internacional com hipocrisia protegia sempre os interesses comerciais e só age quando já é tarde."
A Amnistia Internacional tem uma equipa em permanência na Ucrânia, sediada em Kiev e os relatos que chegam são de muita ansiedade e desinformação.
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"Há muita instabilidade, ninguém sabe bem o que vai acontecer. Os nossos colegas no terreno vivem dias de muita ansiedade. Estamos a perceber que nesta altura a desinformação é permanente e vem do lado russo, são narrativas construídas com o propósito de justificar a intervenção. Temos que verificar tudo o que é informação e perceber qual a realidade no terreno, muitas vezes o que é dito não corresponde ao que acontece no terreno."
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