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A primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, assinalou esta segunda-feira em conferência de imprensa em Estocolmo que há uma "ampla maioria" no parlamento do país que permite avançar para a candidatura do país à NATO.
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Ao lado do líder dos Moderados suecos, Ulf Kristersson, a líder do Governo falou de uma "evidente ampla maioria no Parlamento sueco a favor da adesão da Suécia à NATO" e explicou que esta iniciativa aumenta o "limiar para conflitos militares na Suécia e na nossa região vizinha", a Finlândia, que também já anunciou ser candidata à entrada na aliança.
"O governo decidiu notificar a NATO de que a Suécia quer aderir", confirmou também a primeira-ministra, sendo que a candidatura forma deve avançar no início da Semana. "Estamos a sair de uma era e a entrar numa nova", assinalou a líder do Partido Social-Democrata sueco, aludindo à política de não alinhamento mantida pela Suécia desde as Guerras Napoleónicas, do século XIX.

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Entretanto, o executivo sueco já preparou o enquadramento legal necessário para permitir que, durante a avaliação deste pedido de adesão, o país possa receber apoio militar dos países da União Europeia e dos membros da NATO "numa situação em que este seja necessário".
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O país já recebeu "garantias de segurança" de vários países - com Islândia, Noruega e Dinamarca à cabeça -, garantiu, explicando também que a nova lei que vai reger o apoio militar é justificada com a crescente tensão nas fronteiras da Rússia com a Suécia e a Finlândia. "Não podemos descartar a possibilidade de a Suécia estar exposta a desinformação e tentativas de intimidação e divisão", alertou Magdalena Andersson.
Na mesma dimensão, Andersson assinalou também que não pretende contactar o Presidente russo, Vladimir Putin, para o informar da decisão sueca. Por outro lado, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Súecia, Ann Linde, já procurou chegar à fala com o homólogo russo, Sergei Lavrov, para conversarem.
Ulif Kristersson, opositor do Governo de Andersson, fez questão de assinalar que a participação na NATO não é uma questão partidária, mas sim de responsabilidade perante o país.
"Este é um dia histórico. De diferentes formas, os diferentes partidos no parlamento sueco chegaram à mesma conclusão. Podemos defender-nos melhor, defendendo-nos uns aos outros na NATO", reconheceu.