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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, avisou esta sexta-feira que a eletricidade da central nuclear de Zaporizhzia "obviamente" pertence à Ucrânia e que esse princípio deve ser totalmente respeitado.
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"Em primeiro lugar, o que é verdade é que, se a unidade for desmilitarizada como propomos, o problema será resolvido. E, obviamente, a eletricidade de Zaporizhzia é eletricidade ucraniana, e é necessária, especialmente durante o inverno, para o povo ucraniano, e esse princípio deve ser totalmente respeitado", afirmou Guterres, em conferência de imprensa após uma visita ao porto de Odessa, no sul da Ucrânia.
O líder da ONU respondia a uma questão sobre acusações mútuas de Kiev e de Moscovo por bombardeamentos junto da central de Zaporizhzia e de notícias de que a Rússia, que controla a região onde está situada a unidade nuclear, pretender 'desligá-la' da rede elétrica ucraniana e transportar a eletricidade para zonas sob seu controlo, nomeadamente a península da Crimeia, ocupada à Ucrânia em 2014.

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Na mesma conferência de imprensa, António Guterres, que cumpriu hoje o segundo dia de uma visita à Ucrânia, abordou a possibilidade de uma deslocação da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), começando por referir que a entidade tem um mandato próprio e que lhe cabe definir que tipo de inspeções fará.
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No entanto, destacou que as Nações Unidas têm "na Ucrânia capacidade logística e de segurança para apoiar uma possível missão da AIEA desde Kiev até Zaporizhzia".