Comissão Europeia desconhece planos para mega resgate de 750 mil milhões de euros
A Comissão Europeia desconhece negociações para resgate das economias espanhola e italiana. A imprensa britânica adiantou, esta manhã, que estão em causa 750 mil milhões de euros.
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A Comissão Europeia disse hoje desconhecer a existência de negociações para um resgate às economias da Espanha e Itália, ao contrário do que foi hoje avançado pela imprensa britânica. «Não temos conhecimento de qualquer plano nesse sentido», disse o porta-voz dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário. Ao contrário do noticiado hoje, sublinhou o porta-voz do comissário Olli Rehn, «não existiram negociações no G20 sobre a compra de obrigações» de Espanha e Itália.
A notícia de um mega resgate na Europa está estampada na imprensa britânica. O Daily Telegraph adianta que o resgate se vai realizar através do Fundo Europeu de Estabilidade e do futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade, que entra em vigor a 1 de Julho. Verbas que vão ser utilizadas para comprar dívida de economias com problemas, como é o caso de Espanha e de Itália. O acordo estabelece que o Mecanismo Europeu de Estabilidade vai assegurar a maior parte da fatia, 500 mil milhões de euros, e o Fundo Europeu de Estabilidade garante o restante. Um acordo que representa uma grande mudança na política defendida até agora pela chanceler alemã Angela Merkel, diz o The Guardian, e que vai enviar um forte sinal aos mercados financeiros.
Até agora, os fundos europeus foram utilizados para ajudar a Grécia, Portugal e Irlanda de uma forma directa, em troca de programas de austeridade. O novo plano prevê que o dinheiro não seja entregue directamente aos governos, passando se ser utilizado para comprar dívida nos mercados. O objectivo passa por mostrar ao mundo que a zona euro está preparada para apoiar e garantir as dívidas dos países membros, ajudando os países em maiores dificuldades.
Na declaração final da cimeira do G20, os líderes europeus deixaram claro que querem evitar mais problemas nas finanças do velho continente e disseram estar prontos para defender a moeda única e a união financeira da Europa.