O Conselho militar egípcio, líderes políticos e candidatos presidenciais, acordaram formar um Conselho Consultivo Civil com o objectivo de resolver a crise política e social que afecta o Egipto.
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A instância consultiva deverá funcionar durante o período eleitoral, que terá início na segunda-feira e irá prolongar-se até Março de 2012 e incluir representantes das forças políticas, personalidades militares e peritos, segundo divulgou a agência noticiosa estatal egípcia Mena.
A agência avançou ainda que o novo Conselho irá actuar em coordenação com os líderes militares e o Conselho de Ministros para «apresentar soluções para os problemas políticos, económicos e sociais do país até ao estabelecimento da Choura [câmara alta consultiva], que irá assumir esta responsabilidade».
A criação do Conselho foi decidida numa reunião presidida pelo presidente do Conselho Supremo das Forças Armadas do Egipto, marechal Mohamed Hussein Tantaoui, que se realizou num momento de grande contestação popular contra o poder militar, que assumiu os comandos do Egipto após a queda do antigo Presidente Hosni Mubarak, em Fevereiro.
Estiveram presentes no encontro representantes de seis partidos políticos, entre eles os líderes do liberal Al Wafd, do Liberdade de Justiça (próximo da Irmandade Muçulmana) e do partido salafista Al Nur, bem como diversas personalidades independentes e candidatos presidenciais.
Após a reunião, Amr Musa, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio e antigo secretário-geral da Liga Árabe, afirmou que serão realizadas outras reuniões para determinar as competências do Conselho Civil depois da primeira volta das eleições legislativas.
O candidato presidencial assinalou ainda, em declarações a um jornal local, que o Conselho irá integrar pelo menos 500 membros, mas sem avançar nomes.