Abdel Al Qadouli foi morto pelo exército norte-americano no decurso de uma operação militar na Síria realizada este mês.
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O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, confirmou em conferência de imprensa a morte de Abd ar-Rahman Mustafa al-Qaduli, o número dois do Daesh, numa operação militar na Síria.
Al Qaduli era visto pelos militares norte-americanos como uma peça-chave do Daesh, e a sua morte é encarada como um possível travão nas operações jihadistas.
"A remoção deste líder do Estado Islâmico vai dificultar a sua capacidade de conduzirem operações dentro e fora do Iraque e da Síria", disse Ashton Carter sobre a morte de Abdel al- Qadouli, a quem se referiu como Haji Imam.
Segundo Carter, o vice-líder do Daesh servia o grupo como ministro das Finanças da organização.
"Há alguns meses, eu disse que ia atacar a infraestrutura do Estado Islâmico, primeiro atacando os locais de armazenamento de dinheiro, e agora vamos atacar a capacidade de gerir as suas finanças", disse o responsável, considerando que "issso irá afetar a capacidade de pagamento e a contratação de recrutas".
A morte de Al Qaduli é a segunda de um alto dirigente do grupo em apenas algumas semanas, já que este mês o Pentágono disse também ter conseguido matar 'Omar, o Checheno', no seguimento de um ataque no norte da Síria.
Os Estados Unidos consideravam Al Qaduli o responsável por voltar a unir o Daesh, depois de ter saído da prisão, no início de 2012, e estavam dispostos a oferecer até sete milhões de dólares por informações por informações relacionadas com ele.
Segundo as fontes de seguraça do Iraque e dos Estados Unidos, al-Qadouli nasceu em Mosul e estava no Afeganistão desde o final de 1990. Juntou-se à Al-Qaeda em 2004, e tornou-se "número dois" do líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, que morreu em 2006 num ataque dos EUA.
Foi então preso e, depois da sua libertação, em 2012, juntou-se ao Estado Islâmico na Síria.