Ao contrário do nível registado em termos mundiais, no continente europeu pouco mais de metade da população considera as vacinas uma forma segura de prevenção da saúde.
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O estudo revela que na Europa ocidental, 59 por cento dos inquiridos considera as vacinas um meio seguro de prevenção de saúde. O valor desce se olharmos para a Europa oriental, onde apenas metade das pessoas tem a mesma opinião.
Uma realidade que contrasta com o resto do mundo, onde 79 por cento da população considera que as vacinas são uma boa aposta.
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Outro dado deste estudo, realizado pelo Wellcome Global Monitor, revela que a nível mundial é muito elevada a percentagem de pessoas - 84% - que acredita que as vacinas são eficientes.
Na Europa, a França é o recordista do sentimento de desconfiança é a mais elevada, pelo menos foi manifestada neste inquérito por uma terço da população.
O estudo, para além dos números, quis apurar as causas. Neste capítulo, a confiança em médicos, enfermeiros e cientistas é um fator decisivo, assim como a credibilidade das instituições governamentais. Um dos autores, citado pelo jornal "The Guardian", acrescenta na lista a cultura, o contexto e a experiência de cada um, assim como as crenças individuais.
Outro dado apurado é que é nos países em desenvolvimento que se verifica o nível de confiança mais elevado. No Ruanda os benefícios das vacinas são uma certeza para 97 por cento da população.
No lado oposto, nos países mais desenvolvidos, os movimentos contra a vacinação ganham cada vez mais espaço, sobretudo nas redes sociais. Para os autores do estudo, a longo prazo serão visíveis as consequências desta nova realidade.