O mais recente balanço das autoridades chilenas dá conta de mais de 40 mil hectares de vegetação destruídos pelos incêndios registados em várias regiões do Sul do país, na última semana.
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A maior preocupação continua a ser a região do parque natural de Torres del Paine, na Patagónia, um dos lugares predilectos dos amantes da natureza.
Mais de 500 homens continuam a combater as chamas, que já consumiram cerca de 14 mil hectares só nesta região, mas o presidente chileno, Sebastián Piñera, já anunciou que o Torres del Paine volta a reabrir, de forma parcial, ao turismo a partir desta quarta-feira.
O presidente chileno assegura, no entanto, que a segurança será mais apertada para os visitantes.
A abertura estava prevista apenas para depois do fim deste mês, mas a pedido de empresários e visitantes, 100 dos 240 mil hectares da reserva voltam a estar disponíveis mas apenas na zona norte, que ainda não foi afectada pelo fogo.
No total, nas várias regiões chilenas, já terão ardido mais de 40mil hectares.
O mais devastador dos incêndios continua activo na cidade de Quillon, 500 quilómetros a sul da capital Santiago, e desde sábado já destruiu mais de 22 mil hectares, bem como uma centena de habitações.
A justiça continua a investigar os incêndios para apurar as causas.
Um turista israelita de 23 anos, Rotem Singer identificado pelas autoridades já foi acusado de negligência que poderá ter resultado na ignição do incêndio na Patagónia, mas foi libertado sob controlo judicial.
Contudo, o ministro do Interior chileno avançou esta terça-feira que possam existir «intenções políticas ou económicas» por detrás dos incêndios e que, por isso, já foi criada uma equipa especial de investigação.