Um ataque realizado por homens armados na localidade de Rafah, na fronteira entre Egito e Israel, causou a morte a 15 guardas fronteiriços egípcios e aumentou a tensão na já instável região.
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O Egito já fechou a fronteira em Rafah, situada na instável Península de Sinai.
Segundo um alto responsável de segurança egípcio, citado pela agência oficial MENA, os atacantes eram terroristas islâmicos originários da Faixa de Gaza (na Palestina).
Aqueles elementos infiltram-se «através de túneis, com a colaboração de elementos terroristas das regiões [egípcias] de Al-Mahdiya e Gabal Halal», descreveu o responsável, que pediu anonimato à agência AFP.
O Presidente egípcio, Muhammad Morsi, já convocou uma reunião de emergência com o conselho supremo das forças armadas, segundo a televisão pública local.
O exército israelita diz que o ataque fazia parte de uma operação para sequestrar um soldado israelita.
O comando armado que atacou os guardas da fronteira entre Egito e Israel ocupou dois tanques blindados egípcios, com os quais ainda conseguiu entrar em território israelita, a partir do posto de Kerem Shalom.
Mas, em seguida, um dos veículos explodiu e o outro foi neutralizado pelas forças israelitas, que abateram um número não identificado de atacantes, refere a agência AP.
Em comunicado, o ministro da Defesa israelita, Ehud Barak, diz que foi evitado «um ataque que podia ter ferido muitos» e lembrou que «os métodos de ataque de militantes [islâmicos] exigem uma ação determinada por parte do Egito no sentido de reforçar a segurança e prevenir o terrorismo na Península de Sinai».
A situação na Península de Sinai, fronteira disputada pelos dois países, tem-se deteriorado desde que a revolta popular que derrubou o regime de Hosni Mubarak no Egito, em fevereiro de 2011, enfraqueceu a presença do exército egípcio na fronteira com Israel.