A iraniana condenada à morte por lapidação, Sakineh Mohammadi Ashtiani, foi libertada assim como o seu filho e advogado.
Corpo do artigo
A mulher que o Irão queria matar por apedrejamento está em liberdade. Os activistas que lutaram pela vida de Ashtiani dizem que também foi libertado o filho e o advogado.
Dois jornalistas alemães que tinham entrado no Irão para fazer uma reportagem sobre este caso foram igualmente postos em liberdade.
A informação está a ser avançada por uma fonte credível: o Comité Internacional contra a Lapidação que mobilizou a comunidade internacional para esta causa.
A iraniana tinha sido condenada à morte por lapidação em 2006 por dois tribunais diferentes acusada de adultério. Depois de uma polémica entrevista na televisão, onde ela admitia ter morto o marido a justiça do país acusou-a de homicídio.
Vitor Nogueira, porta-voz da Aministia Internacional, julga que a «pressão da comunidade internacional» foi importante neste caso, mas também o facto de na sexta-feira se comemorar o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Vitor Nogueira considera que pode «haver uma preocupação do Irão em enviar um sinal para fora num momento em que países como a China quase que querem boicotar a cerimónia de atribuição do Prémio Nobel».