Israel está desiludido com a decisão de Trump que adiou a mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém, As autoridades palestinianas saudaram a resolução americana.
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"Embora Israel lamente que a embaixada não seja mudada desta vez, apreciamos a expressão de amizade do Presidente Trump para com Israel e o seu compromisso de transferir a embaixada no futuro", indicou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num comunicado.
A Casa Branca anunciou hoje que Trump decidiu adiar a mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém, medida que tinha sido uma promessa da sua campanha presidencial. A decisão adia a mudança por seis meses.
Um responsável da Casa Branca referiu que a resolução do Presidente pretende aumentar as possibilidades de um acordo de paz no Médio Oriente.
"A posição constante de Israel é que a embaixada dos Estados Unidos como as embaixadas de todos os outros países com os quais temos relações diplomáticas devem estar em Jerusalém, a nossa capital eterna", indicou Benjamin Netanyahu, citado no comunicado israelita.
"Manter as embaixadas fora da capital (Jerusalém) deixa mais longe a paz, ao ajudar a manter a fantasia palestiniana que, segundo a qual, o povo judeu e o Estado judeu não têm qualquer ligação com Jerusalém", reforçou.
Já as autoridades palestinianas qualificaram a decisão de Trump como um "passo positivo e importante".
Ao não cumprir uma das suas promessas eleitorais, Donald Trump tomou uma decisão que "reforça as hipóteses de alcançar a paz", considerou o porta-voz da Presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Roudeina.
Por seu lado, o embaixador palestiniano nos Estados Unidos, Hossam Zomlot, disse estar "pronto para lançar um processo de consultas com a administração norte-americana" para alcançar a paz.
"Nós somos sérios e sinceros no nosso compromisso para com uma paz justa e duradoura", reforçou.
Israel considera Jerusalém a sua capital, mas a parte leste da cidade, anexada por Israel em 1967, é reclamada pela Autoridade Palestiniana para capital de um futuro Estado da Palestina.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, defendendo que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
"O Presidente Trump tomou a decisão para maximizar as hipóteses de negociar com êxito um acordo entre Israel e os palestinianos", indicou o comunicado da Casa Branca divulgado hoje.
"O Presidente manifestou várias vezes a intenção de mudar a embaixada. A questão não é se isso vai acontecer, mas quando", acrescentou o mesmo texto.
Adiar mudança da embaixada para Jerusalém foi uma "sábia decisão" -- ONU
A decisão do Presidente Donald Trump de adiar por agora a mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém é "uma sábia decisão", disse hoje o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.
O representante recordou que para a ONU "o estatuto de Jerusalém é um problema essencial que só pode ser resolvido através de uma solução política negociada" do conflito israelo-palestiniano.
"O secretário-geral (António Guterres) espera que esta decisão possa contribuir para facilitar o reinício de um verdadeiro processo de paz", acrescentou o porta-voz.
A Casa Branca anunciou hoje que Trump decidiu adiar a mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém, medida que tinha sido uma promessa da sua campanha presidencial. A decisão adia a mudança por seis meses.
Um responsável da Casa Branca referiu que a resolução do Presidente pretende aumentar as possibilidades de um acordo de paz no Médio Oriente.
Em reação, Israel afirmou estar desiludido com a decisão do Presidente Donald Trump, enquanto as autoridades palestinianas saudaram a resolução americana.
Israel considera Jerusalém a sua capital, mas a parte leste da cidade, anexada por Israel em 1967, é reclamada pela Autoridade Palestiniana para capital de um futuro Estado da Palestina.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, defendendo que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.