A ministra italiana do Interior afirmou que as autoridades est ão a investigar vários motivos possíveis para o atentado que atingiu esta manhã uma escola no sul de Itália, afirmando que este não é o método habitual da máfia.
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«Há numerosas hipóteses e nenhuma é certa», disse Anna Maria Cancellieri, numa entrevista ao canal televisivo de notícias SkyTG24, citada pela agência France Presse.
A ministra referiu que o ataque à escola, em Brindisi, sul de Itália, foi «complexo» e «invulgar», mas sem adiantar mais pormenores. A autoria do atentado não foi reivindicada, até ao momento.
Cancellieri admitiu ter em conta o facto de a escola secundária ter o nome de Francesca Morvillo Falcone, mulher do célebre juiz anti-máfia Giovanni Falcone, mas salientou que até ao momento os investigadores "não têm elementos" para atribuir a responsabilidade do ataque ao crime organizado.
«Este não é o [método] usual para a máfia», disse a governante.
Os ataques da mafia italiana geralmente são direcionados para personalidades como juízes, procuradores, traidores ou outros mafiosos rivais, e não para alvos civis, como escolas.
A ministra revelou ainda ter falado ao telefone com o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que se encontra nos Estados Unidos para a cimeira dos G-8.
Duas bombas feitas com botijas de gás explodiram pelas 07:45 locais (mesma hora em Lisboa) junto à escola secundária Francesca Morvillo Falcone, nome da mulher do célebre juiz anti-máfia Giovanni Falcone, em Brindisi, sul de Itália.
Uma adolescente de 16 anos terá morrido na sequência de ferimentos causados pela explosão, depois de ter sido transportada para o hospital. Pelo menos mais quatro estudantes sofreram ferimentos, mas outros relatos apontam para a existência de sete e dez vítimas.