A marcha de uma centena de jovens terminou, ao início da tarde deste domingo, sem incidentes, depois de a polícia ter obrigado os manifestantes a cumprirem o traçado inicial.
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O protesto contra o regime de José Eduardo dos Santos não chegou ao local previsto, onde os jovens queriam exigir a libertação de um grupo de pessoas detidas desde o dia 3 de Setembro.
A meio do trajecto, os manifestantes «foram travados pela polícia» e, já sob escolta, «acabaram por posicionar-se e foram então proferidas as últimas palavras por parte dos organizadores», segundo Alexandre Neto, jornalista da rádio Voz da América, que acompanhou todo o protesto.
Os manifestantes «pretendiam chegar à praça da Independência», interdita a manifestações do género pelo governo de Luanda, acrescentou, frisando que os jovens consideram essa decisão «ilegal e inconstitucional».
Alexandre Neto garantiu ainda, que da parte dos jovens manifestantes, foi um protesto absolutamente pacífico, sendo que antes da marcha foi distribuído uma «espécie de código de conduta com a designação de manifestação pacífica» e com enumeração de várias práticas, como por exemplo como reagir perante uma acção violenta da polícia.
O jornalista destacou ainda a «coragem» e a «determinação» dos jovens que se concentraram junto a uma unidade policial, a cerca de 150 metros do comando provincial de Luanda.