Uma multidão de admiradores e de curiosos aplaudiu o novo Presidente francês, François Hollande, à chegada ao Arco do Triunfo, onde o socialista homenageou o soldado desconhecido.
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O Presidente subiu, num carro francês e híbrido, a ampla avenida dos Campos Elíseos. Centenas, de carapuços, lenços, e chapéu-de-chuva, esperavam-no por detrás das baias de ferro com que a polícia delimitou um perímetro de segurança, e debaixo de uma chuva contínua.
A praça Charles de Gaulle, junto ao Arco do Triunfo, não tinha nenhum banco nem nenhum muro sem gente empoleirada. Na primeira fila de espetadores, o mais perto possível do palco a que subiria o Presidente, T. Gatica, 60 anos, reformada, sem nada com que se proteger da chuva, esperava Hollande, em bicos de pés, ansiosa.
Poucos minutos antes do meio-dia (11:00 em Lisboa), os aplausos começaram.
O número de pessoas à espera do novo Presidente foi aumentando à medida que a hora avançava. As filas de gente continuavam ao longo da avenida dos Campos Elíseos, pontuada por bandeiras da França e da União Europeia. A multidão multiplicava fotografias e trocava palpites sobre a hora de chegada do novo chefe de Estado.
Assim que François Hollande chegou ao Arco do Triunfo, e depois dos aplausos e dos gritos, parte da multidão dispersou-se, fugiu da chuva. A assistir à homenagem, ficaram, ainda mais encharcados, apenas os mais resistentes.
Às 15:00, Hollande é esperado na Câmara de Paris. Depois parte para Berlim para se encontrar com a chanceler alemã, Angela Merkel. Em cima da mesa deverão estar a crise do euro, o crescimento económico dos Estados europeus e a crise na Grécia.