Barack Obama toma hoje posse, publicamente, para o segundo mandato. A TSF conversou com Michael Wertz, do Center for American Progress, sobre os desafios dos próximos quatro anos.
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Michael Wertz, membro do Center for American Progress (organização de análise política que colabora com a administração democrata), acredita que o principal desafio de Obama será resolver os problemas da política orçamental.
«No curto prazo este vai ser o principal desafio porque se não existir um compromisso com os republicanos vamos continuar a ter negociações e lutas contínuas sobre pequenas questões relacionadas com o orçamento e isso é insustentável», afirma o especialista em política externa que, na semana passada, esteve no final de uma conferência da Fundação Luso-Americana (FLAD).
Na frente externa, Michael Werz diz que o Irão, o Médio Oriente, a Síria e o Norte de África são problemas que vão estar presentes no segundo mandato do presidente norte-americano, mas a China vai ter de ser outra prioridade, porque «existe uma dinamica no Oceano Pacifico que terá de ocupar muito tempo a Barack Obama».
«É preciso redefinir as relações com os países asiáticos, aumentando as ligações a países americanos e gerindo as relações com a China e tendo atenção a países como a Malásia ou Austrália», diz Werz que não espera grandes mudanças do primeiro para o segundo mandato.
«É uma pessoa muito racional, que vai aos detalhes das políticas, pensa nos assuntos antes de decidir o que fazer. Não há razão para pensar que não fará o mesmo trabalho de sucesso que fez no primeiro mandato».
Depois de, este domingo, ter tomado posse numa cerimónia privada na Casa Branca, Obama é empossado esta segunda-feira, para o segundo mandato num ato público junto ao Capitólio.
As previsões apontam para que participem na cerimónia cerca de 700 mil pessoas, menos de metade das que afluíram ao local em 2009.