O primeiro-ministro garantiu, em Bruxelas, que Portugal não apresentou quaisquer reservas à recapitalização dos bancos, frisando porém que o Estado não quer nacionalizar a Banca.
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, tranquilizou os bancos portugueses, que até aqui ainda não recorreram ao montante de 12 mil milhões de euros previsto no acordo da troika para satisfazer as necessidades de uma recapitalização.
«Fica claro que a necessidade de recapitalização da banca não é uma condição de fraqueza em especial dos bancos portugueses, é um problema de toda a banca europeia», afirmou.
No final do Conselho Europeu, em Bruxelas, Passos Coelho garantiu que o Estado não vai intervir na gestão das instituições porque não será mais do que um accionista passivo.
«Portugal tem no programa de assistência económica e financeira os meios necessários para que essa recapitalização se possa fazer, caso os bancos não tenham eles próprios meios de capital suficientes para o realizarem sem necessidade de recorrer a fundos públicos», referiu.
No âmbito do programa de ajuda externa estão disponíveis 12 mil milhões de euros para recapitalizar os bancos portugueses, mas até agora ainda não houve quem tomasse a iniciativa.
«O Estado não pretende ser um accionista activo desses bancos, antes pelo contrário, o nosso objectivo não é nacionalizar bancos, não é ficar com mais bancos na esfera pública, o que pretende é facilitar o processo de recapitalização e retirar-se dele logo que possível», assegurou o primeiro-ministro.