A Polícia Judiciária ainda não teve acesso físico aos documentos, mas está a estudar os dados disponíveis na internet. Há também contactos com polícias de outros países, em busca de relações com Portugal.
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A Polícia Judiciária está a investigar a informação relacionada com a lista de 22 mil nomes de pessoas supostamente pertencentes ao Daesh.
Fonte da PJ explicou à TSF que os documentos ainda não à polícia portuguesa, mas os investigadores estão a analisar a informação disponível nomeadamente na internet, e estão também em contacto com polícias de outros países.
A ideia é tentar perceber se há portugueses, ligações a Portugal ou a interesses nacionais.
A polícia federal alemã recebeu no início da semana uma lista com dezenas de milhares de documentos com nomes, moradas, números de telefone e contactos de famílias de pessoas que se juntaram ao Daesh.
De entre os nomes agora conhecidos, há alguns britânicos e alemães. As autoridades tiveram acesso a mais de 22 mil impressos que os candidatos teriam de preencher para ser aceites no Daesh e contêm informação sobre cidadãos de 51 países.
O ministro do Interior alemão já confirmou que os documentos são autênticos. Thomas de Maizière diz que vão facilitar as investigações e ajudar a perceber a estrutura e modo de funcionamento da organização terrorista.
Os documentos terão sido recolhidos no final de 2013. A imprensa alemã revela que estes formulários contêm 23 perguntas, incluindo nome, data e local de nascimento, morada, número de telefone e tipo de sangue.
De acordo com o The Guardian, os cidadãos britânicos identificados já eram conhecidos e foram mortos em ataques aéreos norte-americanos.
A Sky News diz que também recebeu documentação roubada da direção da polícia de segurança interna do Daesh por um antigo membro do grupo terrorista. Aparentemente são os mesmos documentos.
Os ministérios do Interior e dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido ainda não comentaram o facto.