
Tolga Bozoglu/EPA
O Conselho de Segurança Nacional turco está reunido há várias horas, para discutir se deve ser declarado ou não o estado de emergência no país.
Corpo do artigo
Tayyip Erdogan preside à reunião do Conselho de Segurança Nacional, em Ancara, onde está pela primeira vez desde o golpe falhado.
Uma das questões que tem estado a ser debatida é se deve ser declarado ou não o estado de emergência. O presidente da comissão da Constituição, deputado do partido no poder, defende que a Constituição da Turquia permite a declaração do estado de emergência mesmo sem a autorização do Parlamento. Mustafa Sentop sublinhou que qualquer estado de emergência dura no máximo seis meses.
O regresso da pena de morte à Turquia é outro dos temas em debate. Um deputado já defendeu que esta deve regressar, para ser aplicada em crimes que tenham como objetivo inverter a ordem constitucional do país. A chanceler alemã Angela Merkel já avisou que todas as medidas tomadas após o golpe falhado são contra o Estado de direito.
O Ministério da Defesa está a investigar juízes, procuradores e militares todo o país. Esta quarta-feira também foram afastados 900 policiais, sob suspeita de ligações a Fetullhah Gülen, que o presidente turco acusa de ser o instigador da tentativa de golpe de Estado.
O Ministério da Educação turco confirma que suspendeu cerca de 6 mil e 500 funcionários e encerrou mais de 620 instituições. O Conselho de Ensino Superior proibiu, até nova ordem, todos os universitários de se deslocarem ao estrangeiro e exige que os universitários que se encontram fora do país regressem à Turquia o mais rapidamente possível.
Esta quarta-feira a lira turca atingiu o valor mais baixo desde setembro de 2015.