Ana Paula Amendoeira diz que a UNESCO ainda não pôde enviar nenhuma missão para avaliar o grau de destruição do património mundial feito pelos islamistas nesta cidade do Mali.
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A UNESCO está preocupada com o risco de destruição de perda irrecuperável de património mundial em Tombuctu, no Mali, onde uma importante biblioteca foi incendiada na segunda-feira pelos islamitas em fuga.
Em declarações à TSF, a presidente da Comissão Portuguesa no Conselho de Sítios e Monumentos confirmou que, antes da sua saída desta cidade mítica maliana, os islamitas já tinham profanado «nove mausoléus» em mesquitas de Tombuctu.
«O grau de destruição ainda não está avaliado, porque ainda não foi possível enviar nenhuma missão para fazer a avaliação do âmbito da destruição patrimonial», afirmou Ana Paula Amendoeira.
Segundo a presidente da Comissão Portuguesa neste órgão que faz consultadoria para a UNESCO, a «UNESCO já lançou vários apelos e decisões», uma das quais que resultou na inscrição de Tombuctu e Djenné na lista do património mundial em perigo.
«É uma medida que permite acionar uma série de dinâmicas e ações de conservação, salvaguarda e fundos financeiros de proteção ao património», acrescentou Ana Paula Amendoeira, que acredita que será necessário um «grande trabalho de conservação e restauro» quando a UNESCO puder entrar no Mali.