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O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou ter lançado bombardeamentos "maciços" contra a Ucrânia, em resposta ao ataque "terrorista", que destruiu parcialmente a ponte da Crimeia, e pelo qual a Rússia responsabiliza Kiev.
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Putin prometeu respostas "severas" em caso de novos ataques da Ucrânia contra a Rússia: "Se as tentativas de ataques terroristas no nosso território continuarem, as respostas da Rússia serão severas e a sua escala corresponderá ao nível das ameaças representadas", afirmou Putin.
"Ninguém deve ter dúvidas", alertou.
O chefe do exército ucraniano disse que as forças russas lançaram, esta segunda-feira, pelo menos 75 mísseis na Ucrânia, com ataques fatais contra a capital, Kiev, e cidades no sul e oeste.
"O país terrorista, a Rússia, efetuou ataques aéreos e de mísseis maciços no território da Ucrânia, utilizando também drones de ataque. Pela manhã, o agressor lançou 75 mísseis, 41 deles foram abatidos pela nossa defesa aérea", afirmou o general Valeriy Zaluzhny, através redes sociais.
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Devido aos ataques russos, a cidade de Lviv ficou sem eletricidade ou água quente.
Em Kiev, a circulação do metro foi interrompida e as estações da capital ucraniana foram convertidas em abrigos antiaéreos.
O tráfego automóvel também foi bloqueado no centro da cidade, segundo o presidente da Câmara, Vitali Klitchko, citado pela AFP.
Na sequência de fortes explosões em Kiev, pelo menos oito pessoas morreram e 24 ficaram feridas.
Esta segunda-feira registou-se também o terceiro bombardeamento em cinco dias contra a cidade de Zaporijia (sul), no qual, segundo alguns meios de comunicação, uma pessoa morreu.
Os media ucranianos também relatam várias explosões de mísseis na cidade de Dnipro, bem como ataques a Zhytomyr, perto de Kiev, em Khmelnytskyi, mais a leste, na margem do rio Bug do sul, e Ternopil (a leste, nas margens do rio Seret).
De acordo com o jornal independente de Kiev, que cita o governador Vitaliy Kim, um total de dez mísseis S-300 caíram sobre a cidade de Myukolaiv, sem vítimas relatadas até agora.
Estas explosões acontecem também um dia depois de Putin ter acusado os serviços secretos ucranianos de estarem por trás da explosão que danificou a ponte da Crimeia no sábado, um ato que o presidente russo classificou como "terrorista".
Os últimos ataques a Kiev tinham acontecido a 26 de junho.