Aumento da idade da reforma em França: "Há uma determinação muito forte para impedir esta injustiça"

Os sindicatos franceses voltaram a juntar-se para uma segunda grande mobilização nacional, prevista para esta terça-feira, 31 de janeiro, contra a reforma das pensões proposta pelo governo francês e em discussão no parlamento desde ontem.

Decorre esta terça-feira, em França, uma segunda mobilização nacional contra a reforma das pensões, que pretende aumentar a idade de reforma de 62 para 64 anos.

A rede de transportes francesa SNCF prevê mais de 70% dos condutores em greve. Nas escolas, um em cada dois professores também vão estar em greve. No aeroporto de Orly, prevê-se o cancelamento de um em cada cinco voos.

A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, considera que o aumento da idade de reforma dos 62 para os 64 anos, contestado pelos sindicatos e pela maior parte da oposição, "deixou de ser negociável".

"A idade da reforma aos 64 anos não é negociável. Depois de discussões parlamentares, encontramos um ponto de compromisso com as organizações patronais e sindicais ao acelerar a reforma Touraine. Mas hoje, esta reforma das pensões é fundamental para manter o equilíbrio do sistema", defendeu Elisabeth Borne.

O secretário-geral da União Nacional dos Sindicatos Autónomos, Laurent Escure, garante que a determinação dos trabalhadores não vai deixar esta reforma avançar.

"Uma vez que o Presidente parece não querer ser sensível à democracia que se expressa nas ruas, posso avisá-lo que este será mais um dia de greve com sucesso, e outros dias de greve vão ser anunciados. Manifestações aos sábados e outros dias de greve porque existe uma determinação muito forte dos trabalhadores: impedir que esta injustiça aconteça", afirmou Laurent Escure.

Segundo o ministro do interior, Gérald Darmanin, 11.000 polícias estão mobilizados esta terça-feira de Norte a Sul do país, para acompanhar as manifestações.

Este é o segundo dia de greve, em França, contra a reforma das pensões. No passado dia 19 de janeiro, os sindicatos contabilizaram dois milhões de franceses nas ruas, e 1,12 milhões, segundo o ministério do Interior.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de