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A Áustria anunciou esta segunda-feira a decisão de expulsar um diplomata russo, na sequência de informações publicadas na imprensa sobre a sua implicação num caso de espionagem industrial.
"Podemos confirmar que um diplomata russo está em processo de expulsão", afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros austríaco.
"O seu comportamento viola a Convenção de Viena sobre relações diplomáticas. Não comentamos outros pormenores", acrescentou.
O tabloide austríaco Kronen Zeitung escreve esta segunda-feira que um russo colocado em Viena como diplomata "fez espionagem económica durante anos, com a ajuda de um cidadão austríaco, numa empresa de tecnologia".
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A embaixada da Rússia reagiu através do Twitter: "Estamos escandalizados com a decisão das autoridades, infundada e prejudicial a relações construtivas. Estamos certos de que não se fará esperar uma resposta apropriada de Moscovo".
Contrariamente a vários países europeus, a Áustria, país neutral que mantém uma boa relação com a Rússia, não expulsou qualquer diplomata russo na sequência do caso Skripal, em 2018.
Serguei Skripal, um ex-agente duplo a viver no Reino Unido, e a filha Yulia, foram encontrados em março de 2018 inconscientes em Salisbury (Inglaterra), tendo-se apurado mais tarde que tinham sido envenenados com o agente neurotóxico militar 'novichok'.
O caso provocou uma crise diplomática que se traduziu numa ação coordenada inédita de expulsão de diplomatas russos de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e dois terços dos países membros da União Europeia, a que a Rússia respondeu com a expulsão de diplomatas ocidentais.