- Comentar
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden insistiu, esta segunda-feira, que a Rússia está a preparar-se para usar armas químicas e biológicas na Ucrânia. À margem de uma conferência em Washington, Biden diz encontrar sinais muito claros de que isso pode acontecer em breve.
Relacionados
Kiev acusa forças russas de sequestrarem três israelitas em cidade que ocupam
"Vladimir Putin está a preparar acontecimentos falsos, incluindo afirmar que nós, americanos, temos armas biológicas e químicas na Europa. Simplesmente não é verdade. Garanto-vos. Os russos também estão a sugerir que a Ucrânia tem no país armas biológicas e químicas. É um sinal claro de que Putin está a considerar usar ambas. Já usou armas químicas anteriormente e devemos ter cuidado com o que está para vir", afirmou.
No mesmo plano, o Presidente ucraniano já tinha rejeitado na sexta-feira as acusações russas de que a Ucrânia possui armas químicas "ou outras armas de destruição maciça", alegações que afirmou serem parte da propaganda russa para justificar a invasão.
Volodymyr Zelensky disse que "não foram desenvolvidas armas químicas ou outras armas de destruição maciça na Ucrânia". E "todos sabem disso", sublinhou.

Leia também:
Zelensky diz que acusação sobre armas químicas é propaganda russa
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Biden reiterou que caso a Rússia use armas químicas e biológicas contra a Ucrânia, haverá uma resposta "severa" por parte do Ocidente.
Putin "sabe que haverá consequências graves devido à frente unida da NATO", disse, sem especificar, no entanto, que tipo de consequências seriam essas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 925 mortos e 1.496 feridos entre a população civil, incluindo mais de 170 crianças, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,48 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.