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A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) anunciou, esta quarta-feira, que autorizou que o Boeing 737 MAX volte a voar na Europa, depois de 22 meses sem autorização na sequência de dois acidentes fatais com estas aeronaves, avança a AFP.
"Depois de uma análise profunda por parte da EASA, determinamos que o 737 MAX pode retomar o serviço em total segurança. Esta avaliação foi realizada com total independência da Boeing, ou da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) e sem qualquer pressão económica, ou política", garante o diretor-executivo da EASA, Patrick Ky, citado num comunicado.
Assim, a Boeing poderá retomar as entregas de aeronaves ao continente, o que para a empresa significa uma recuperação de receita, já que os clientes pagam a maior parte da fatura quando recebem o avião.
Os aviões da companhia foram obrigados a permanecer em terra a partir de março de 2019, depois de duas tragédias que resultaram em 346 mortes. A primeira envolveu uma aeronave da Lion Air, na Indonésia, ocorrida em outubro de 2018 e provocou 189 vítimas fatais. A segunda foi com um avião da Ethiopian Airlines, em março de 2019, na Etiópia, e do acidente resultaram 157 mortos.
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Em ambos os casos, o software de controlo de voo (MCAS) recebeu informação errada de uma das duas sondas de incidência AOA e perdeu o controlo, apesar dos esforços dos pilotos para desativá-lo.
Os aviões devem passar por uma modificação do software MCAS e será necessário mudar outros softwares e reposicionar alguns cabos. Além disso, os pilotos terão de voltar a receber formação e treino, como exige a EASA.