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Forças russas atacaram esta quarta-feira um depósito de combustível e uma fábrica na região de Dnipropetrovsk, no centro da Ucrânia, causando um número ainda incerto de vítimas, disse o governador da região, Valentyn Reznichenko.
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"A noite foi alarmante e difícil. O inimigo atacou a nossa região pelo ar e atingiu um depósito de petróleo e uma das fábricas. O depósito de petróleo, com combustível, foi destruído. As equipas de socorro ainda estão a tentar apagar as chamas na fábrica. O fogo é intenso", escreveu Reznichenko, na plataforma Telegram.
Na região de Luhansk, no leste da Ucrânia, bombardeamentos russos mataram uma pessoa e feriram mais cinco na cidade de Rubizhne, disse hoje o governador Serhiy Haidai, também no Telegram.
Os militares russos continuam a concentrar esforços na preparação de uma ofensiva no leste da Ucrânia, com o objetivo de "estabelecer controle total sobre o território das regiões de Donetsk e Lugansk", de acordo com uma atualização divulgada hoje pelo Estado-Maior da Ucrânia.
Partes das duas regiões estão sob controle de rebeldes apoiados pela Rússia desde 2014 e são reconhecidas por Moscovo como repúblicas independentes.
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A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,2 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.