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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou esta segunda-feira a "proposta construtiva" da Alemanha e França para o fundo de recuperação europeu, de 500 mil milhões de euros, notando que a sua proposta vai no mesmo sentido.
"Congratulo-me com a proposta construtiva apresentada pela França e pela Alemanha. Reconhece o alcance e a dimensão do desafio económico que a Europa enfrenta, colocando, com razão, a tónica na necessidade de trabalhar numa solução com o orçamento europeu no seu cerne", refere a líder do executivo comunitário em comunicado.
Numa reação à proposta apresentada por Berlim e Paris, relativa à alocação de 500 mil milhões de euros para a criação de um fundo de recuperação europeu para as economias afetadas pela Covid-19, Ursula von der Leyen assinala que "vai no sentido da proposta em que a Comissão está a trabalhar".

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E essa proposta "terá igualmente em conta os pontos de vista de todos os Estados-membros e do Parlamento Europeu", assegura a responsável.
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Numa declaração conjunta divulgada esta segunda-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emannuel Macron, indicaram que o fundo proposto será entregue a fundo perdido às economias mais afetadas.
"Criar uma Europa da saúde deve ser a nossa prioridade", afirmou Emannuel Macron, realçando que o plano de relançamento económico para a Europa destina-se a combater uma recessão de amplitude histórica no continente.
Será no dia 27 de maio que a Comissão Europeia vai adotar e apresentar as suas propostas do orçamento plurianual da UE para 2021-2027 e do fundo de recuperação da economia europeia no quadro da crise da Covid-19.
As propostas, há muito aguardadas, serão assim apresentadas mais de um mês depois de os chefes de Estado e de Governo da UE terem solicitado ao executivo comunitário a sua formulação com caráter de urgência, numa cimeira celebrada por videoconferência em 23 de abril último.

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O fundo de recuperação, por muitos classificado como um novo 'Plano Marshall' para a Europa, é considerado o grande instrumento da UE para ultrapassar a crise da Covid-19, que, segundo estimativas da Comissão Europeia, provocará uma contração recorde de 7,7% do PIB da zona euro este ano e de 7,4% no conjunto da União.
Na passada sexta-feira, o Parlamento Europeu reclamou um ambicioso pacote de recuperação para a Europa num montante global na ordem dos dois biliões de euros, defendendo que os apoios aos Estados-membros sejam prestados "principalmente através de subvenções".