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Em algumas zonas da Ucrânia estão a nascer três vezes mais bebés prematuros do que antes da invasão russa. É uma agravante num país onde os hospitais têm sido um alvo frequente de bombardeamentos e as maternidades que subsistem têm de trabalhar em abrigos subterrâneos e com falta de quase tudo por causa da guerra. As mães ucranianas não estão a conseguir levar a gravidez a termo.
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"A guerra intensifica os níveis de stress nas grávidas, o que aumenta os partos prematuros até três vezes mais, consoante o hospital, do que antes da guerra. Estes bebés têm maior risco de desenvolver problemas neurológicos, digestivos e respiratórios, o que geralmente pode ser tratado com oxigénio", explicou Herve Verhoosel, da Unitaid, a agência das Nações Unidas dedicada à inovação para a saúde global.
A agência anunciou a entrega de várias dezenas de equipamentos portáteis, baratos e eficazes que não são bem ventiladores, mas funcionam como tal. A Unitaid enviou também vídeos traduzidos, em ucraniano, para ensinar os médicos a utilizarem estes equipamentos e alguns pediatras e neonatologistas ucranianos estão a ter formação na cidade de Cracóvia, na Polónia.
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"Foram criados especialmente para serem usados em zonas críticas onde não há eletricidade, por exemplo. São equipamentos não evasivos que permitem ventilar recém-nascidos com dificuldade em respirar, também podem evitar danos nos olhos, cérebro ou pulmões como quando se dá oxigénio puro aos bebés", esclareceu o responsável da Unitaid.
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Estes equipamentos foram criados para responder à pandemia nas zonas onde não chegaram os ventiladores clássicos. Estão aprovados pela agência norte-americana do medicamento e agora vão ser produzidos no Quénia. São extremamente úteis na Ucrânia e podem sê-lo também em qualquer parte do mundo durante uma catástrofe ou em zonas remotas sem eletricidade.

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