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O cardeal George Pell, ex-ministro das Finanças do Vaticano acusado de crime sexual na Austrália e depois absolvido, morreu na terça-feira em Roma aos 81 anos, confirmou o arcebispo de Sydney.
"É com profunda tristeza que posso confirmar que Sua Eminência, o cardeal George Pell, morreu em Roma nas primeiras horas desta manhã [hora australiana]. Esta notícia é um grande choque para todos", escreveu Anthony Fisher no Facebook.
"Por favor, rezem pelo descanso da alma do cardeal Pell, por conforto e consolo para a sua família e para todos aqueles que o amaram e estão a sofrer por ele neste momento", acrescentou.
A agência de notícias do Vaticano EWTN informou que a sua morte ocorreu devido a complicações de uma cirurgia à anca.
Pell era o principal ministro das Finanças do Vaticano antes de sair em 2017 para ser julgado na Austrália por crimes de abuso sexual infantil.
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Em 2018, o cardeal foi acusado de agredir sexualmente dois acólitos adolescentes na sacristia da Catedral de São Patrício, quando era arcebispo de Melbourne, em 1996, mas manteve sempre a sua inocência e as incriminações foram anuladas por unanimidade no Supremo Tribunal em 2020.
Alguns dias antes do óbito, Pell havia comparecido no funeral do papa emérito Bento XVI que morreu em 31 de dezembro de 2022.
Nascido em 1941 em Ballarat, na Austrália, Pell foi ordenado padre em 1966, tornou-se bispo em 1987 e cardeal em 2003, tendo sido arcebispo de Sydney e Melbourne no final da década de 1990 e no início dos anos de 2000.
Pell também foi tesoureiro da Santa Sé durante cinco anos, entre 2014 e 2019.