- Comentar
Pelo menos três pessoas morreram e três pessoas ficaram feridas na sequência das explosões provocadas por drones kamikaze que atingiram esta segunda-feira de manhã a cidade de Kiev, na Ucrânia.
Relacionados
Macron pede a Berlim "solidariedade" europeia perante subida dos preços da energia
Guerra e crise económica criam mais quatro milhões de crianças pobres
"A esta hora, o número de pessoas mortas pelo ataque com drones kamikaze contra um edifício de apartamentos aumentou para três", disse Kyrylo Timochenko do gabinete do chefe de Estado da Ucrânia.
Anteriormente, o autarca de Kiev tinha anunciado que havia um morto e três feridos na sequência do ataque ocorrido esta segunda-feira de manhã.
Alguns dos drones kamikaze, de fabrico iraniano, atingiram uma zona residencial, mas outros foram abatidos pelos sistemas de defesa antiárea ucranianos.
Às primeiras horas do dia, ouviram-se as sirenes que alertavam para um ataque aéreo. Poucos minutos depois, jornalistas no local testemunharam várias explosões, menos no centro da capital.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O chefe do gabinete da Presidência ucraniana e o presidente da Câmara confirmaram, através das redes sociais, que a cidade foi alvo de bombardeamentos com recurso a drones kamikaze de fabrico iraniano.
No Telegram, Andriy Yermak pede mais armas ao Ocidente. "Precisamos de mais sistemas de defesa antiaérea o mais rápido possível. Mais armas para defender os céus e destruir o inimigo."
Já o autarca de Kiev, Vitali Klitschko, adianta que os bombardeamentos atingiram o distrito de Shevchenkiv. Vitali Klitschko avança que os meios de emergência estão a caminho do local.
O Presidente Volodymyr Zelenksy acusa a Rússia de "aterrorizar a população civil", confirmando que os drones kamikaze estão a atingir "todo o território" ucraniano. "O inimigo pode atacar as nossas cidades, mas não será capaz de nos derrubar", garantiu.
Uma das explosões ocorreu junto à estação central ferroviária, onde centenas de pessoas procuraram abrigo.
O Presidente Volodymyr Zelenksy acusa a Rússia de "aterrorizar a população civil", confirmando que os drones kamikaze estão a atingir "todo o território" ucraniano. "O inimigo pode atacar as nossas cidades, mas não será capaz de nos derrubar", garantiu.
Os novos bombardeamentos sobre a capital da Ucrânia ocorrem precisamente uma semana após Vladimir Putin ter ordenado um ataque massivo com dezenas de mísseis que caíram sobre várias cidades, inclusive Kiev. Pelo menos 19 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas.
Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou não prever novos ataques "massivos" na Ucrânia.
"No imediato, não há necessidade de ataques massivos. Atualmente, existem outros objetivos. De momento. Depois veremos", declarou Putin em conferência de imprensa após uma cimeira regional no Cazaquistão, assegurando ainda que não tem por objetivo "destruir a Ucrânia".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6221 civis mortos e 9371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Notícia atualizada às 11h52