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A China lançou um passaporte digital para seus cidadãos, com informações sobre o estado de saúde do portador, incluindo o histórico de vacinação e os resultados dos testes à Covid-19 (PCR e anticorpos).
De acordo com fontes do governo chinês, citadas pela AFP, o "certificado de saúde para viagens internacionais" pode ser acedido através de uma aplicação para smartphones no WeChat, usado na China como serviço de mensagens instantâneas e carteira digital, mas também estará disponível em papel. Para já, não é obrigatório.
O sistema é semelhante ao já usado na China para dar acesso aos transportes nacionais e a muitos espaços públicos: os cidadãos têm de mostrar um código QR para comprovar que não estiveram em contacto com uma pessoa infetada nem viajaram para um local onde se regista um grande número de contágios
A aplicação rastreia a localização do utilizador e era um código que classifica os cidadãos como "verde, "amarelo" ou ", "vermelho" com base no risco de terem contraído o coronavírus.

O código "verde" abre muitas portas na China
© Wu Hong/EPA
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O objetivo é "impulsionar a recuperação económica mundial e facilitar as viagens transfronteiras", afirmou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores, sem adiantar se outros países já manifestaram intenção de reconhecer oficialmente o certificado chinês.

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"O passaporte oferecerá maior comodidade nas viagens à medida que a China e outros países concluam acordos de reconhecimento mútuo dos certificados de saúde", escreve a agência estatal de notícias Xinhua.
Os Estados Unidos e o Reino Unido ponderam adotar sistemas semelhantes, mas a ideia divide os 27 países da União Europeia. A Comissão Europeia deverá apresentar ainda este mês uma proposta para a criação de um livre-trânsito de imunidade à Covid-19, de modo a que possa entrar em vigor nos próximos três meses, a tempo das férias de verão.

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Desde 28 de março de 2020 que a China tem as portas fechadas ao turismo. A entrada no país apenas é autorizada a cidadãos nacionais e a um número muito limitado de estrangeiros, como diplomatas, empresários ou pessoas com vistos de residência e de trabalho.
Todos os viajantes, tanto estrangeiros como chineses, são obrigados a fazer um teste à partida e à chegada e a cumprir uma quarentena de pelo menos 14 dias num um hotel à chegada, suportando o encargo do seu próprio bolso.
