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A China rejeita ser afetada pelas sanções ocidentais contra a Rússia, disse esta terça-feira o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, numa conversa por telefone com o homólogo espanhol, José Manuel Albares.
"A China não é parte da crise [ucraniana] e ainda menos quer ser afetada pelas sanções", afirmou Wang, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.
O país asiático "sempre se opôs ao uso de sanções para resolver problemas, especialmente sanções unilaterais sem base no direito internacional", acrescentou, durante a conversa com Manuel Albares.
"A China tem o direito de salvaguardar os seus direitos e interesses legítimos", frisou.
Os comentários de Wang Yi surgem numa altura em que os Estados Unidos manifestaram a Pequim "profunda preocupação" com o alinhamento entre China e Rússia.
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Jake Sullivan, o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que reuniu na segunda-feira com o mais alto quadro da diplomacia chinesa, Yang Jiechi, recusou comentar informações de que Moscovo terá pedido a Pequim assistência militar e económica para prosseguir a guerra.
A China descartou aquela informação como parte de uma campanha de "desinformação".
"Estamos a observar de perto até que ponto a China, ou qualquer outro país, presta assistência à Rússia, seja material, económica ou financeira", disse o porta-voz do Departamento de Estado Ned Price, na segunda-feira.
"Esclarecemos Pequim de que não ficaremos de braços cruzados. Não permitiremos que nenhum país compense as perdas que a Rússia sofreu" devido às sanções ocidentais, advertiu.