- Comentar
A Comissão Europeia aprovou um fundo de emergência de dois milhões e meio de euros em ajuda humanitária para os países afetados pelo ciclone Freddy. Moçambique vai receber a fatia maior: 1,3 milhões de euros, mas a ajuda vai chegar também ao Malawi e Madagáscar.
O Freddy foi a mais longa tempestade tropical a atingir a África Austral e o Oceano Índico. Durou mais de um mês. As cheias e os ventos fortes mataram mais de 500 pessoas, em especial no Malawi e em Moçambique.
Há centenas de milhares de desalojados a precisarem de assistência humanitária. Os distritos mais afetados são Blantyre, Chikwawa, Chiradzulu, Machinga, Mulanje, Neno, Nsanje, Phalombe, Thyolo, Zomba e Mangochi.

Leia também:
Centro de Moçambique sem energia nem telecomunicações após passagem do ciclone Freddy
A cidade homónima de Blantyre, capital comercial e segunda cidade do país, foi dos locais mais afetados, ao registar pelo menos 98 das vítimas mortais.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O fenómeno levou à declaração do "estado de desastre" pelo Presidente, Lazarus Chakwera, que decretou na quinta-feira 14 dias de luto nacional para "honrar as vidas perdidas com o ciclone Freddy".
O ciclone atingiu pela primeira vez no dia 21 de fevereiro a costa oriental de Madagáscar e regressou a 5 de março à ilha, onde deixou um total de 17 mortos e 300 mil pessoas afetadas.
Em Moçambique, o ciclone, que teve o primeiro impacto a 24 de fevereiro e tocou terra novamente em finais da semana passada, causou até ao momento 66 mortes, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Freddy poderá ter batido o recorde de duração do furacão-tufão John, que durou 31 dias em 1994, apesar de os peritos da organização não confirmarem este recorde até que o ciclone se tenha dissipado.