"Decisão histórica." Ucrânia encara mandado de captura de Putin como "apenas o início"

Os governantes ucranianos estão satisfeitos com a postura do Tribunal Penal Internacional.

A Presidência da Ucrânia mostrou-se, esta sexta-feira, satisfeita com a emissão de um mandado de captura de Vladimir Putin pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), que considera o Presidente russo como responsável pela deportação de crianças em áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia.

"Isto é apenas o início", disse o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrii Iermak, referindo-se a este anúncio como uma "decisão histórica".

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, elogiou a postura do TPI, dizendo que "as rodas da Justiça estão a girar", acrescentando que está certo de que os "criminosos internacionais serão responsabilizados pelo roubo de crianças e outros crimes internacionais".

A Rússia foi acusada de ter levado, ilegalmente, crianças ucranianas para territórios ocupados pelas tropas de Moscovo na Ucrânia. A 16 de fevereiro, durante uma reunião no Kremlin, a comissária russa Maria Lvova-Belov contou a Putin que "adotou" um menino de Mariupol, uma cidade ucraniana que, durante vários meses, ficou controlada pelas tropas russas até à sua queda na primavera de 2022.

O Tribunal Penal Internacional emitiu esta sexta-feira um mandado de captura contra o Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra, pelo seu alegado envolvimento em sequestros de crianças na Ucrânia.

No comunicado, o TPI acusa Putin de ser "alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa".

O TPI também emitiu um mandado para a detenção de Maria Alekseyevna Lvova-Belova, comissária para os Direitos da Criança no Gabinete do Presidente da Federação Russa por acusações semelhantes.

O comunicado acrescenta que os mandados são sigilosos, "para proteger vítimas e testemunhas", bem como para salvaguardar o normal desenvolvimento das investigações.

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