Dezenas de feridos em manifestação ambientalista em França após confrontos com polícia

A primeira-ministra francesa considerou que é uma onda de violência intolerável.

Dezenas de pessoas ficaram feridas, este sábado em França, em confrontos durante uma manifestação contra a construção de uma reserva de água destinada à agricultura na localidade de Sainte-Soline, no centro oeste do país. A organização fala em 200 feridos, enquanto as autoridades contabilizaram 35, incluindo cinco em estado grave. Destes 35, 28 serão polícias.

A primeira-ministra francesa, Elizabeth Borne, já reagiu e considerou que é uma onda de violência intolerável. As autoridades tinham mobilizado mais de três mil agentes para a manifestação e tinham antecipado a possibilidade de atos de violência alimentados pela onda de contestação gerada pela aprovação da lei do aumento da idade da reforma.

Durante cerca de uma hora, as imediações da bacia transformaram-se num cenário de violento conflito, com muitas detonações, observadas à distância pela maioria dos manifestantes que se mantiveram pacíficos.

Vários veículos da polícia foram incendiados, até que os atacantes recuaram e a relativa calma voltou à manifestação.

Objetos e armas perigosas foram apreendidos durante a manifestação - bolas de petanca, produtos incendiários, facas e machados - e 11 pessoas detidas.

No projeto que foi alvo desta manifestação, 16 reservatórios, com uma capacidade total de cerca de seis milhões de metros cúbicos, serão construídos, principalmente em Deux-Sèvres, no âmbito de um projeto liderado por uma cooperativa de 450 agricultores com apoio do Estado.

O objetivo é armazenar a água a céu aberto, depois de retirada dos aquíferos superficiais no inverno, para irrigar as plantações no verão, quando as chuvas são escassas.

Os opositores da iniciativa denunciam uma apropriação de água pela agroindústria em tempos de mudança climática.

A França vive há várias semanas uma grande mobilização contra a reforma da segurança social, cuja aprovação sem votação na Assembleia Nacional levou a uma sucessão de manifestações violentas em muitas cidades da França.

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