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A cada 24 horas a situação agrava-se. Na Ucrânia, não há agora nenhum cidadão que não tenha sido afetado pela guerra e as necessidades aumentam a cada dia que passa. Numa altura em que se contam mais de dez milhões de deslocados internos e externos, Georgia Trismpioti, responsável pela comunicação e diplomacia humanitária na Europa da Federação Internacional da Cruz Vermelha, avisa que "as pessoas necessitam urgentemente de ajuda humanitária".
"As pessoas precisam de comida, água, produtos de higiene, cobertores, medicamentos. Basicamente, precisam de tudo. As equipas da Cruz Vermelha dos países vizinhos já viajaram para a Ucrânia a fim de ajudar a Cruz Vermelha local na entrega de comida e produtos de higiene às pessoas que se encontram em fuga." É de urgência o tom nas palavras de Georgia Trismpioti, que em declarações à TSF diz que os corredores humanitários são uma prioridade da Cruz Vermelha, assegurando que o Comité Internacional da Cruz Vermelha tem feito parte das negociações de paz a fim de assegurar que todos os que necessitam de ajuda a recebem.
Ouça aqui a reportagem da TSF
Projeto piloto de ajuda financeira começa na Polónia
A crise humanitária galga fronteiras de forma galopante. De acordo com Georgia Trismpioti, da maior rede humanitária do mundo, há também urgência do lado da fronteira polaca, que já recebeu mais de dois milhões de refugiados. Para assegurar a assistência humanitária a esses refugiados, a Federação Internacional da Cruz Vermelha criou, em colaboração com o governo da Polónia, um projeto-piloto de assistência financeira. "O projeto-piloto estará brevemente a funcionar na Polónia, de forma a dar quatro mil cartões pré-pagos com dinheiro às pessoas que deixaram a Ucrânia", informa.
Georgia Trismpioti recorda que a ajuda financeira é "crucial para permitir que as pessoas recuperem de um evento traumático, porque empodera as pessoas para tomarem as suas próprias decisões relativamente ao que precisam comprar para fazer face às suas necessidades individuais".
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De acordo com a Federação Internacional da Cruz Vermelha, estima-se que 18 milhões de pessoas vão precisar de assistência humanitária. A melhor forma de ajudar, diz Georgia Trismpioti, é doando dinheiro à Cruz Vermelha, "porque nos permite não apenas aumentar a nossa resposta e comprar produtos que as pessoas podem realmente usar, mas também nos permite fazer transferências monetários para os refugiados."
Para Georgia Trismpioti esta vai ser uma das maiores crises humanitárias na Europa nos próximos anos.
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