Diretor-geral da OMS assume estar preocupado com propagação da varíola dos macacos

Em Portugal foram detetados, até ao momento, 348 casos da doença.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a varíola dos macacos não constitui, nesta altura, uma emergência de saúde, mas o diretor-geral da OMS não baixa a guarda. Tedros Ghebreyesus encara a doença como uma ameaça e diz-se profundamente preocupado, num depoimento que assinou este sábado.

Identificada em mais de 50 países, e com mais de 3 mil casos confirmados, a varíola dos macacos é, na opinião do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, um motivo de enorme preocupação.

Tedros Ghebreyesus afirma que a escala que a doença está a atingir e a rapidez com que se propaga são assinaláveis. Ainda assim, os especialistas consideram que não se verificam as condições necessárias para ser declarada emergência de saúde pública.

A evolução da doença está a ser seguida a par e passo pela OMS. O responsável máximo da organização apela a todos os países membros uma vigilância apertada e uma ação coordenada, para evitar novos surtos.

Tedros Ghebreyesus apela, ainda, a uma distribuição equitativa de vacinas. No depoimento que assina, lembra que o vírus, que circulou, durante décadas, por vários países do continente africano, foi negligenciado - um erro que não pode repetir-se, porque o passado recente demonstrou que um problema de saúde pode, facilmente, ganhar escala mundial.

Desde que foi a varíola dos macacos foi detetada, a 7 de maio, a Organização Mundial da Saúde convocou centenas de investigadores para acelerar a pesquisa em torno de novas respostas contra esta doença. O diretor-geral da OMS tem reunido também com comunidades e organizações LGBTI+ para disseminar informação e medidas de proteção.

A maioria dos mais de 3 mil casos confirmados foi registada na Europa Ocidental. Em Portugal estão detetados 348 casos.

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