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Em Cabo Verde, os jornalistas manifestam-se esta sexta-feira com o objetivo de alertar para os ataques à liberdade de imprensa. O protesto acontece depois de, nos últimos dias, dois jornalistas e os jornais onde trabalham terem sido constituídos arguidos pelo Ministério Público (MP).
Geremias Furtado, presidente da Associação dos Jornalistas cabo-verdianos, organiza este protesto e, em declarações à TSF, afirma que esta é uma forma de defender o jornalismo de investigação.
"Vamos mostrar que estamos insatisfeitos. Quando se vai a fundo num processo ou caso, estamos a ver jornalistas a serem constituídos arguidos e a serem chamados para irem responder ao MP. É uma manifestação em prol da liberdade de imprensa", diz.
Ouça as declarações de Geremias Furtado à TSF
Geremias Furtado explica os casos de ataque à liberdade de imprensa que acabam por dar origem à manifestação desta tarde.
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"O jornalista Hermínio Silves, do Santiago Magazine, foi constituído arguido pelo MP e, mais tarde, o jornalista Daniel Almeida, do jornal A Nação, também foi chamado para prestar declarações e, pelas informações que nos deram, também foi diretamente constituído arguido", refere, adiantando que em causa está a divulgação "de um caso que está desde 2014 no MP e que envolve o assassinato de um cidadão num dos bairros da cidade da Praia".
O presidente da Associação dos Jornalistas cabo-verdianos adianta o que está na origem do protesto
A manifestação está marcada para as 14h30, hora em que o jornalista Daniel Almeida vai ser ouvido na Procuradoria-Geral da República.