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O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, contrariou este domingo as recomendações sanitárias de quarentena no país devido à pandemia de Covid-19 e passeou pelas localidades de Ceilândia, Sobradinho e Taguatinga, na área metropolitana de Brasília.

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Um dia depois de o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ter reiterado a importância da permanência dos brasileiros nas suas casas para conter a disseminação do novo coronavírus, Jair Bolsonaro esteve inclusivamente à conversa com alguns cidadãos nestas localidades, que rapidamente se juntaram para gravar o momento com os respetivos telemóveis.
"Temos de trabalhar porque se não o fizermos o país vai à falência", disse uma mulher ao chefe de Estado brasileiro, de 65 anos. Por sua vez, outro cidadão apelou à reabertura das igrejas, algo que Bolsonaro já tentou, ao incluir os espaços religiosos entre os "serviços essenciais", mas cujo decreto acabou por ser travado pela justiça.
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As visitas 'surpresa' do presidente brasileiro, que foram partilhadas na sua conta pessoal no Twitter, não figuravam na agenda oficial e surgem após várias críticas de Bolsonaro à forma como diversos estados, nomeadamente São Paulo, têm reagido à pandemia.
"Quem tiver um emprego, vá trabalhar", declarou esta sexta-feira o chefe de Estado, numa entrevista à TV Bandeirantes, defendendo ainda a reabertura de escolas e uma quarentena apenas para pessoas com mais de 60 anos e doentes crónicos.
Segundo as secretarias estaduais de saúde, foram registados até este domingo pelo menos 4.065 casos de infeção por covid-19 e um total de 117 mortos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000. Dos casos de infeção, pelo menos 134.700 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.