Em vez de sirenes, martelos pneumáticos. Irpin e Bucha, duas cidades que tentam reconstruir-se

Um ano depois do início da invasão, duas das cidades mais atingidas continuam a lidar com as cicatrizes da guerra.

São duas cidades separadas pela linha do comboio. Irpin e Bucha estiveram ocupadas durante um mês no início da guerra.

À entrada de Irpin há um terreno com milhares de automóveis - ou o que resta deles - destruídos durante os combates nesta zona. Por toda a cidade de Irpin, mas também de Bucha, reconstrução avança a bom ritmo, mas ainda há muitos edifícios, quer públicos, quer privado, em que são visíveis os estragos causados pelas bombas e pela artilharia de um lado e de outro, o que deixa perceber que a destruição foi muita. Serão precisos anos para reconstruir.

O comércio vai reabrindo, pequenos negócios também. Esta quinta-feira anda muita gente na rua, até porque não há escola e as universidades também estão fechadas por razões de segurança, para evitar a concentração de pessoas. E por isso muitos aproveitam o sol que hoje brilha apesar do frio.

Em Bucha e em Irpin todos têm uma estória para contar. Há muita gente que nunca saiu da cidade nem durante a ocupação, nem quando os combates eram mais duros.

Num dos centros de acolhimento construído num dos parques da cidade moram 400 pessoas. São dezenas de contentores alinhados e transformados em lar para quem perdeu a casa.

Num hospital que nunca parou nem fechou portas, os médicos chegaram a morar na cave e por vezes foram obrigados a salvar soldados russos.

Ainda não se ouviram sirenes. Ouvem-se sobretudo os sons habituais da construção - neste caso da reconstrução -, como martelos pneumáticos. Há também dezenas de gruas.

Em Irpin e em Bucha ainda é visível a presença de militares, mais do que noutras cidades longe da frente e nos acessos mantém-se ainda muitos postos de controlo.

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