Espanha e NATO: agradecimentos habituais por uma cimeira que todos querem transformadora

Agradecimentos da praxe entre o secretário-geral da NATO e o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez. Vai começar uma cimeira com participação recorde e ambição elevada, compatível com o grau da ameaça russa.

Pedro Sánchez apareceu ao lado do secretário-geral da NATO, agradeceu-lhe o trabalho empenhado, bem como o trabalho de todos (equipas técnicas, forças de segurança e os mais de dois mil jornalistas aqui presentes) que ajudaram a pôr de pé a cimeira em Madrid.

De seguida, o presidente do governo espanhol puxou dos galões, pelo número de participantes na cimeira: no total serão 41 delegações, entre as três dezenas de estados-membros, países convidados e organizações multilaterais como a União Europeia.

"Teremos a cimeira da história da NATO, com o maior número de chefes de Estado. Teremos também a participação dos países do Pacífico, da Nova Zelândia, da Austrália, da Coreia do Sul e também do Japão, que vão participar amanhã à tarde, numa sessão para debater quais são os desafios globais que enfrentamos e fortalecer a nossa colaboração".

Esta cimeira é considerada "muito importante, em primeiro lugar porque vamos ter a honra de ter o conceito estratégico que vai definir o trabalho da NATO para os próximos dez anos com o nome da capital de Espanha, Madrid, com a qual estamos muito gratos ao Secretário-Geral da NATO por ter escolhido a Espanha para realizar esta importante cimeira. Em segundo lugar, porque além desse conceito estratégico, estamos todos ansiosos para ver qual será o resultado das conversações que o Secretário-Geral está a conduzir" na questão da adesão da Suécia e Finlândia. Sánchez admite que se não ficarem estados membros da NATO agora, "acabarão por ser".

O líder da coligação que governa a Espanha definiu metas para a cimeira que se realiza numa capital espanhola governada pelo maior partido da oposição: "creio que a finalidade, o objetivo é claro, é rotundo, é transmitir uma mensagem de unidade dos aliados, mas também para além dos aliados, Estados-Membros da União Europeia, a União Europeia como organização complementar da NATO e também ao Pacífico, uma mensagem de unidade das democracias que se unem para defender a democracia, para defender os valores que nos unem, que são os valores da liberdade, da pluralidade política, do respeito pelos direitos humanos e também da defesa de uma ordem internacional baseada em regras".

Sánchez refere-se à Carta das Nações Unidas e ao tratado fundador da NATO, o Tratado de Washington, de 1949, que "é o que define, para a Espanha, esta importante aliança". O chefe do governo espanhol referiu-se igualmente à questão do flanco sul e, concretamente, o Sahel, fazendo votos para que o novo contexto estratégico traduza a necessidade de uma visão de "360 graus".

Preâmbulo de uma cimeira que o secretário-geral Stoltenberg vê como transformadora: "a cimeira de Madrid será uma cimeira crucial, vamos concordar com um novo conceito estratégico, o conceito estratégico de Madrid, que será o modelo para a OTAN num mundo mais perigoso e imprevisível. Chegaremos, nesta cimeira, a um acordo que significa uma mudança fundamental em matéria de dissuasão e defesa".

A cimeira, formalmente, com Stoltenberg começa esta tarde. Os chefes de governo começaram a chegar a Madrid. Jantam com o Rei Filipe VI logo à noite.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de