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A Embaixada dos Estados Unidos em Cabul pediu, na sexta-feira, aos cidadãos norte-americanos para saírem imediatamente das imediações do aeroporto da capital afegã.
"Os cidadãos norte-americanos que se encontrem neste momento nas entradas Abbey, Leste, Norte e Novo Ministério do Interior [no aeroporto] devem sair imediatamente", indicou a representação diplomática numa mensagem publicada no 'site', sem adiantar pormenores.
"Devido às ameaças à segurança no aeroporto de Cabul, continuamos a aconselhar os nossos cidadãos a evitar deslocações ao aeroporto e a evitar os acessos do aeroporto", lembrou a embaixada.
Entretanto, as forças armadas norte-americanas anunciaram ter realizado um ataque contra "um organizador" do ramo o grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Afeganistão, que reivindicou o atentado terrorista, de quinta-feira, no aeroporto de Cabul.
Antes, o porta-voz das forças armadas norte-americanas John Kirby tinha afirmado que a missão de evacuação no aeroporto de Cabul continua a ser alvo de "ameaças precisas e credíveis".
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Este alerta surgiu um dia depois do ataque bombista, reivindicado pelo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês), que causou pelo menos 170 mortos e 150 feridos, incluindo 13 soldados norte-americanos.
A porta-voz da Casa Branca Jen Psaki tinha indicado que um outro ataque "era provável" e que os próximos dias vão ser "o período mais perigoso".
A operação de retirada continua no aeroporto de Cabul, onde se encontra milhares de pessoas a aguardar um voo, à medida que se aproxima o dia 31 de agosto, data de conclusão prevista para a saída dos soldados norte-americanos do país, depois de 20 anos de guerra.
Até agora, mais de 100 mil pessoas foram retiradas do país, tendo já o general norte-americano Hank Taylor garantido que a operação vai prosseguir "até ao último momento".
Os taliban conquistaram Cabul a 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.