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Os Estados Unidos recuperaram no Oceano Atlântico peças eletrónicas e os sensores do primeiro "balão-espião" chinês, que foi abatido a 4 de fevereiro.
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"As tripulações conseguiram recuperar destroços significativos do local, incluindo todas as peças eletrónicas e sensores prioritários identificados, bem como grandes secções da estrutura", disse o Comando Norte dos EUA, num comunicado citado pela agência AFP.
A China insiste que o balão, que passou vários dias a sobrevoar a América do Norte, era um avião de observação meteorológica, sem fins militares, mas os Estados Unidos dizem que era um "sofisticado veículo espião de alta altitude", que faz parte de um programa com alcance global.
Um avião de caça F-22 norte-americano abateu o balão ao largo da costa da Carolina do Sul a 4 de fevereiro. Desde então, foram derrubados outros três objetos: um perto do Alasca, um sobre o Canadá e um terceiro sobre o Lago Huron. As autoridades ainda não identificaram a origem destes objetos, mas a Casa Branca já garantiu que não há "sinais de atividade extraterrestre".
O Governo dos Estados Unidos defendeu na segunda-feira o derrube de três objetos não identificados nos últimos dias, apesar das autoridades não terem indicação de que estes fossem destinados a atos de espionagem, ao contrário do balão chinês.
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Os três objetos estavam a viajar a uma altitude tão baixa que representavam um risco para o tráfego aéreo civil, sublinhou o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.
Embora o Governo de Joe Biden ainda não tenha evidências de que estes estavam equipados para fins de espionagem, ou de que pertenciam à China, as autoridades não descartaram essas possibilidades.
A situação criou já uma crise diplomática, depois do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter cancelado a visita planeada à China.
Nenhum dos três objetos mais recentes foi recuperado, frisou, por sua vez, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, para onde viajou para participar numa reunião de ministros da Defesa da NATO esta semana.