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Elisa Ferreira não passa, para já, pelo crivo na Comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu. Numa reunião à porta fechada, foi pedido um esclarecimento adicional com base num lote de ações da Sonae detidas por Elisa Ferreira. A empresa que está inscrita como lobista em Bruxelas já recebeu fundos comunitários.
De acordo com as normas europeias, as empresas lobistas devem estar registadas, para garantir valor da transparência.
Ouça a explicação de João Francisco Guerreiro, correspondente da TSF em Bruxelas
Elisa Ferreira terá agora de responder a questões adicionais para esclarecer os eurodeputados. No entanto, a comissária nomeada para a pasta de Coesão e Reformas não ficou comprometida pelo potencial conflito de interesses relativos à presidência da CCDR-Norte por parte do marido, Fernando Freire de Sousa.

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A comissária europeia designada Elisa Ferreira contactou os serviços da Comissão Europeia para pedir esclarecimentos relativamente a "uma questão relacionada com um aspeto da sua declaração de interesses", revelou esta quinta-feira a porta-voz do executivo comunitário.
"Posso confirmar que a comissária indigitada Elisa Ferreira contactou os serviços da Comissão sobre uma questão relacionada com um aspeto da sua declaração de interesses [financeiros]. Estamos a analisá-la e providenciaremos aconselhamento sobre essa matéria. Entenderá que não o faremos nesta sala de imprensa", declarou Mina Andreeva na conferência diária da Comissão Europeia, em Bruxelas.
A porta-voz do executivo comunitário respondia a uma questão sobre a possível existência de um conflito de interesses entre a pasta que a comissária designada por Portugal irá tutelar - a da Coesão e Reformas - e o cargo ocupado pelo marido, Fernando Freire de Sousa, que é presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), uma entidade responsável pela aplicação de fundos comunitários.