"Falta muita coisa na Síria." Depois do sismo, religiosa portuguesa no país pede fim das sanções

A TSF falou com Maria Lúcia Ferreira, que vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, na Síria. A irmã portuguesa faz um apelo para que a ajuda internacional possa chegar ao país afetado pelos sismos na Turquia.

Maria Lúcia Ferreira vive no Mosteiro de São Tiago Mutilado, na aldeia de Qara, a 90 quilómetros a norte da capital Damasco, na Síria. Descreve uma situação dramática num país já fustigado por 10 anos de guerra. O sismo de segunda-feira deixou 60 mil pessoas sem tecto e a ajuda do exterior deve chegar "sem preconceitos".

A irmã Maria Lúcia Ferreira faz um apelo: é fundamental que a ajuda internacional possa chegar à Síria Em declarações à TSF, a irmã do Mosteiro de São Tiago Mutilado diz que, neste país, falta quase tudo.

O sismo da passada segunda-feira foi "a cereja em cima do bolo", num país já massacrado por uma década de guerra civil: "Quase não há gasolina, nem eletricidade. Com as sanções, já o povo tinha dificuldades para comer. Agora, esta tragédia."

O balanço de vítimas tem sido atualizado constantemente. Estima-se que 60 mil pessoas tenham ficado sem teto. Para cuidar dos sobreviventes, é necessária "roupa quente, porque as temperaturas estão muitas vezes abaixo de zero e comida".

Maria Lúcia Ferreira enfatiza a necessidade de ajuda do exterior, e entende que as sanções contra o regime de Bashar Al Assad devem ser levantadas.

"É muito importante que se enviem contentores para a Síria e que se ultrapassem todos os preconceitos sobre o governo. É ultrapassar isso tudo para que chegue ajuda às pessoas, porque, com as sanções, falta muito no país", sublinha.

A aldeia de Qara escapou sem grandes danos ao sismo de segunda-feira, mas a irmã Maria foi acordada por volta das 04h20 da manhã: "Foram quase dois minutos, sentiu-se bem, mas graças a Deus, aqui não houve estragos."

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