Fim da estratégia "testar, rastrear, isolar". Governo francês levanta medidas contra a Covid-19

Face à diminuição do número de casos e de hospitalizações por Covid-19, o governo francês levantou as medidas de prevenção para "testar, rastrear, isolar".

Todos os dias são contabilizadas menos de cinco mil contaminações por Covid-19. Perante este recuo das taxas de incidência e de hospitalização, o governo francês põe fim à estratégia em vigor há dois anos.

A partir desta quarta-feira, em França, já não é obrigatório isolar-se caso se esteja positivo à Covid-19, também deixa de ser necessário realizar um teste em caso de contacto com uma pessoa contaminada.

Muitos franceses consideram que estas medidas permitem um regresso à normalidade. "É um regresso à normalidade, mas temos de continuar a tomar precauções", lembra Alice.

Os franceses têm mais autonomia, mais responsabilidade, aponta outro parisiense, Mathieu, lembrando que muitas pessoas "usam máscara nos transportes públicos. Já não é preciso virem atrás de nós dizer-nos o que devemos ou não fazer".

"É uma coisa boa. Estávamos todos à espera destas medidas. É necessário dizermo-nos a nós mesmos que esta situação tem de acabar e que temos de voltar a viver normalmente", afirma Florence.

Segundo o Governo, a situação sanitária permite o levantamento destas medidas de combate à Covid-19.

De acordo com o médico e epidemiologista Yves Buisson, o vírus continua a circular, mas a estratégia de "testar, rastrear e isolar" deixou de fazer sentido. "O objetivo não é interromper a circulação do vírus, porque ele vai continuar por aí. Temos de o deixar circular, agora que a população tem um bom nível de imunidade coletiva. O que é necessário acima de tudo hoje, é insistir na vacinação das pessoas de risco, das pessoas mais vulneráveis", lembra o epidemiologista.

Desde o passado mês de dezembro, qualquer pessoa com mais de 12 anos pode receber uma dose de reforço da vacina, se assim o desejar.

Apesar da promessa de um regresso à realidade, especialistas franceses alertam para o perigo de anunciar o "fim da pandemia" e lamentam a falta de clareza por parte do governo nas suas mensagens. Segundo os especialistas, embora os indicadores estejam em baixa, uma nova onda de contaminações não pode ser descartada.

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